Criado em 1963 por Stan Lee e Steve Ditko, Dr. Estranho (Stephen Strange) é o personagens mais poderosos do núcleo místico da Marvel. O título de Mago Supremo lhe confere o poder de manipular todas as energias que moldam a realidade. Ou seja, o cabra é danado. Danado e repleto de contextos… estranhos (sorry!) para a maioria de nós. Abra sua mente e me acompanhe.
Stephen Vincent Strange, vivido pelo brilhante Benedict Cumberbatch no cinema, era um habilidoso cirurgião para lá de arrogante, talvez mais que Tony Stark, o Homem de Ferro. Quando um acidente de carro lhe tira a firmeza das mãos, Strange decide vagar pelo mundo atrás de meios alternativos de cura. No Tibet, conhece o Ancião que o apresenta ao mundo místico.
Dr. Estranho se popularizou em uma década que experimentou importantes mudanças sociais e culturais nos EUA. De um lado, a Guerra do Vietnã começava a perder força e o apoio popular, enquanto que nas universidades os estudos sobre drogas naturais (chás, cogumelos) e sintéticas (LSD) ganhavam cada vez mais destaque. Estados alterados da mente e libertação sexual foram os principais temas da contracultura, que sofria também grande influência da cultura oriental. Era o movimento hippie tomando forma.
Dr. Estranho acompanhou essa avalanche psicodélica, usando e abusando de simbologias transcendentais e tramas totalmente “fora da casinha”, ambientadas em mundos místicos e infinitas realidades.
Strange foi um dos poucos personagens da Marvel a experimentar uma profunda mudança interna em sua origem. Enquanto Capitão América, que já era um soldado, se tornou um soldado melhor, Dr. Estranho passou de cirurgião cético e amigo da ciência, para o Mago Supremo da Terra. Essa mudança drástica no caráter do personagem simboliza com perfeição o que foi o período entre em os anos 1960 e 1970 nos EUA.
A julgar pelo trailer, Dr. Estranho, estreia dia 24 de novembro, vai ser uma viagem daquelas… 😉
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