Por incrível que pareça a hq do Batman não está no meu ranking de hqs preferidas da fase Renascimento. Tudo bem que de todos os títulos publicados, estou acompanhando apenas quatro, mas gosto muito do morcego e realmente gostaria de estar apreciando mais a revista.
Não que ela esteja ruim, aliás, longe disso. Começou de forma morna, deu uma esquentada na segunda edição e nesta manteve um tom sombrio e violento do começo ao fim.
Tom King escreve muito bem e sabe conduzir uma narrativa de forma impressionante. Isso somado à arte de David Finch transforma a hq em algo grande.
Mas algo me decepcionou um pouco…
Como visto desde a primeira edição, uma série de catástrofes está mudando a cidade de Gotham e o Dr. Hugo Strange está por trás disso juntamente com o Pirata Psíquico.
Esse vilão tem a capacidade de alterar as emoções das pessoas, ou seja, alguém que está triste, fica alegre, raivoso ou sentimental, apenas sob o comando mental do Pirata.
A grande surpresa da revista desde o início havia sido o casal de irmãos Gotham e Gotham Girl. Dois heróis super poderosos que tinham o Batman como grande inspiração e agiam em prol do bem da cidade.
Os dois foram pegos pelo poder do Pirata Psíquico. A Gotham Girl foi dominada por um medo incontrolável, enquanto que seu irmão foi assolado por uma fúria e desejo de vingança diante de algo que acontece (haha, não vou dizer o que é), levando-o a cometer uma série de barbaridades.
O Batman tenta de todas as formas fazer o herói voltar ao normal, mas percebendo a ineficácia de suas tentativas, apela pela ajuda da Liga da Justiça, que aparece para tentar resolver.
Diante de tudo isso, você deve estar se perguntando: o que te decepcionou?
Justamente o rumo que deram ao personagem Gotham.
Nesta edição é revelado que os poderes tanto dele quanto de sua irmã, não são genuínos, mas sim comprados e que eles trocaram seu tempo de vida por eles.
Ta, até aí beleza, mas queria ver mais deles. Poder ver mais dos dois em ação, ajudando o Batman ou em um embate direto com outros vilões do Morcego.
Já pensou uma luta entre Gotham e Bane?
Pois é, mas parece que a minha expectativa vai morrer na praia. Diante do Batman (James Bond) que faz coisas absurdas, a presença desse personagem tão poderoso, pelo menos para mim, serviria para dar um up até mesmo na conduta das histórias de modo geral, sem que elas fiquem com aquele ar de “mais do mesmo”, onde o Morcego tem que enfrentar um Coringa com planos cada vez mais megalomaníacos e coisa do tipo a cada arco de histórias.
Nota: 3
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