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  • Foto do escritorDennis Souza

Mulher Maravilha: Origem, Feminismo e o Laço da Verdade

Mulher Maravilha- cortado

Todo mundo sabe quem é a Mulher Maravilha. Sua imagem está tão enraizada na nossa cultura que basta olhar para seus braceletes, tiara e maiô estrelados que a identificamos.

É um incontestável ícone pop feminino. Vem comigo rapidão que vou te mostrar porque Diana (nome civil da heroína) é a maior representante do universo feminino nos quadrinhos. Antes de falarmos da dita cuja, o primeiro nome que você precisa ter em mente é o do Dr. William Moulton Marston.  O cara nasceu no século retrasado (1892) e foi psicólogo, inventor e escritor de quadrinhos. Dentro da psicologia, William estudava e divulgava o feminismo com todas as suas forças. Como inventor, construiu a espinha dorsal do polígrafo, o conhecido detector de mentira, cujos fundamentos são usados até hoje. Tá ligado nos filmes, quando colocam uns eletrodos para saber se o cabra tá falando a verdade? Então…

Pirou, né? Vai lá beber uma água que eu te espero.

Diferente de muitos psicólogos e magistrados de sua época que tinham uma posição bem mais conservadora e restritiva a respeito dos quadrinhos, William acreditava no poder educacional que as revistas de super-heróis tinham. Tanto que em 1940 publicou um artigo chamado “Não Ria dos Quadrinhos” e chamou a atenção das editoras National Periodicals e All-American Publication, que mais tarde se fundiram e se tornaram a DC Comics. Um ano depois, na revista All Star Comics número 8, nasceu a Mulher Maravilha, a primeira super-heroína de todos os tempos.

Na verdade, William insistiu para que seu nome fosse Suprema, mas a DC vetou porque não queria que a personagem se contrapusesse ao Superman.  Suprema, Superman… Sacou?

WonderWomanComicStrip

A mescla de ativismo feminista disfarçado de mitologia grega demorou para cair no gosto popular, mas a personagem se manteve firme. Segundo o próprio William “a Mulher-Maravilha é a propaganda psicológica para o novo tipo de mulher que deverá governar o mundo”.  O New York Magazine, importante revista norte-americana na época, chegou a publicar que a heroína “foi criada para inspirar um padrão entre os jovens de uma feminilidade forte, livre e corajosa; para combater a ideia de que mulheres são inferiores aos homens, e para inspirar as meninas a terem autoconfiança.”

Pra simplificar, é assim: Mulher Maravilha foi criada por psicólogo feminista, que foi o inventor do detector de mentiras e era fã de quadrinhos. Ponto.

Agora, que venha a dita cuja.

Assim como Thor (Marvel), Mulher Maravilha vem de uma mitologia que já foi considerada religião. Ela é filha de Hipólita, a rainha das amazonas e governante da Ilha Themyscira, povoada só por mulheres guerreiras.  Hipólita criou Mulher Maravilha a partir do barro e a mandou para o “mundo do patriarcado” (aqui) com a missão de promover a paz e a harmonia entre homens e deuses.

Ora uma guerreira implacável, ora uma amável pacifista, Mulher Maravilha vive a contradição da “guerra pela paz” e procura ser o equilíbrio entre Batman e Superman, os dois extremos do heroísmo da DC. Trocando em miúdos, o que ela tenta fazer é colocar um pouco de juízo na cabeça desses meninos de capa.

trindade

Seus poderes são basicamente voo, superforça e impecável treinamento militar. Ela tem os famosos braceletes inquebráveis e o, tcharam, laço da verdade! (Versão fictícia do polígrafo!)

Então, sim, muito antes de Jessica Jones, tipo meio século antes, Mulher Maravilha já quebrava tabus e paradigmas sociais com elegância, força e maturidade.

A atriz Gal Gadot vive a personagem em Batman v Superman: A Origem da Justiça, que estreia dia 24 de março.

wonder-woman

“E ela triunfará não só com punhos e poderes, mas com amor.”

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