A história por trás de Blade – A lâmina do Imortal, de Hiroaki Samura, parece simples, mas não é.
Após ser encontrado quase morto, Manji é salvo por uma monja que acaba lhe dando vida eterna. Querendo sua mortalidade de volta, o samurai faz um acordo com: Matar um certo número de criminosos em troca do fim da imortalidade.
Apesar de carregar elementos de mangás de samurai do Japão, Blade é único. Além dos combates realistas e a narrativa bem trabalhada, a arte é espetacular! Consegue transmitir uma riqueza de detalhes absurda e ao mesmo tempo captar cenas de ação de um modo extremamente fluido. O artista responsável, Hiroaki Samura, realiza uma magnífica combinação de lápis e nanquim, dando suavidade e profundidade aos personagens e cenários. Os diálogos são bem incisivos e diretos, e cada capa de suas edições são verdadeiras expressões artísticas que criam uma identidade única para Blade.
Outro grande ponto do mangá é a construção de cada personagem. Anotsu, o antagonista principal, não é necessariamente o vilão da história. É carismático, de motivações firmes e uma personalidade que envolve o leitor. Manji, protagonista e “herói”, tem seu comportamento moldado no melhor dos padrões do “anti-heroísmo”. É briguento, fala muito palavrão e não foge de uma boa discussão. Rin, personagem criada para ser a balança de Manji, conquista o leitor com sua inocência e dúvidas em certos momentos da trama.
Parando para analisar, poucos são os personagens que participam da trama e não tem um fundo psicológico e moral muito bem trabalhado, que ajudam muito o enredo.
Samura consegue mostrar a essência de alguns personagens de maneira tão forte que algumas vezes você torce pelo antagonista.
Para você que curte histórias de ação com enredos complexos e bem orquestrados, Blade -A Lâmina do Imortal é uma daquelas histórias que irá ficar marcada para sempre em sua memória.