A série que adapta o filme de 1995 pode irritar os entusiastas mais ferrenhos, mas o jogo entre livre arbítrio e predeterminação empolga.
A série não só expande o universo proposto no filme de Terry Gillian, mas o perverte (no bom e no mau sentido). Na trama, que se passa quase toda em 2043, Cole – inicialmente apresentado como um criminoso – precisa voltar a 2015 e impedir que um vírus letal seja liberado. Indícios nos dão a entender de que ele não só fracassará em sua missão, como é o provável causador da crise.
Embora não chegue à perfeição – claro, a série tem problemas – o expectador se diverte sem esforço ao tentar montar o complexo quebra-cabeça de causa e efeito.
O enredo não-linear confunde e às vezes é difícil saber o que é flashback, o que está acontecendo agora, etc. Referências miúdas nos primeiros capítulos se tornam vitais mais para frente. Em alguns momentos a edição ajuda, conta a história direitinho, em outros você precisa se virar para entender.
Longe (bem longe) da atmosfera tensa e adulta do filme original, que vagueia entre extremos, a série é carregada de dramas fáceis e diálogos quase clichês, mas é altamente recomendável para quem procura por diversão e boas viradas no enredo (o famoso plot twist).
A primeira temporada de Os 12 Macacos está disponível na Netflix. A segunda temporada estreia em 2016 no canal Syfy.