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  • Foto do escritorDennis Souza

O que aprendi com a primeira temporada de The Flash

Por Pedro Ivo Ou: Sobre como envelhecer rápido demais. Dizer que o Flash sempre foi meu personagem favorito é forçar demais a barra. Nunca gostei das histórias solos do personagem, seja com Wally ou Barry no uniforme (sem falar numa meia dúzia de outros velocistas da família). Mas achava legal vê-lo como o integrante hiperativo da Liga da Justiça, ou como pivô dramático das grandes crises da DC. Agora, daí a fazer uma série, ainda por cima derivada de Arrow? Sei lá. Nem quis ver.

Passado pouco mais de um ano da estreia, os blá-blá-blás de “cara, você precisa ver” e “não sabe o que está perdendo” vieram num crescente assustador. E chega uma hora na vida que você precisa rever algumas indisposições, seja para sacramentar ou mudar conceitos. Então falei: bom, vou ver três episódios. Só para ter argumentos quando for massacrar a série.

Não foi o que aconteceu.

Fato é. Ninguém se surpreende com Grant Gustin na pele do Velocista Escarlate. Nada de novo na trama mamão-com-açúcar, que tenta a todo custo te convencer que a explosão de um acelerador de partículas transformou metade da população de uma cidade em supervilões, menos o Flash. E não me venha com aquele romance raso de Barry e Iris que não vira e nem desvira o enredo! Sem falar nas soluções fáceis, como “inventei um dispositivo quântico aleatório que vai alterar as vibrações do Flash e fazer com que ele saia desta enrascada”. Para, né? Respeita meus cabelos brancos, Warner! 

Na metade do terceiro episódio, estava convencido de que aquilo tudo não me servia. Não, senhor. Nada de Flash aqui em casa.

Mas eis que meus olhos biônicos capturaram um easter egg escondido aqui, uma referência muito bem colocada acolá e, bum, passei a querer entender o que estava rolando.

Era como se a série fizesse um mea culpa a cada episódio, dizendo: “Me perdoe por seguir este caminho, mas vem na minha que você vai se divertir”Percebi que havia uma grande história prestes a acontecer a qualquer momento, e que não tinha nada a ver com as soluções fáceis,  romances tacanhos e coisas deste tipo. Em suma, notei que a série queria conversar comigo, um fã mais velho e conhecedor do universo da DC, só que pelas beiradas, nas entrelinhas.

Que grande história seria essa? Quem acompanha a série já sacou que ela caminha para uma brincadeira de realidades paralelas e viagem no tempo. Flash se torna uma espécie de ponte entre versões diferentes da Terra. Isso abre caminho para um mar de possibilidades e poderia, em tese, conectar a série a todas as outras já feitas. Na prática é difícil, mas imagine o Flash cair dentro da finada Smallville ou da atual Gotham pré Batman? Além disso, o periódico se torna uma espécie de zona de teste para personagens até então poucos explorados, como o próprio Cisco que, nos quadrinhos, é o super-herói conhecido como Vibro.

Então, preciso tirar meu chapéu para The Flash. Continuo sem gostar da atmosfera simplista e interpretações tipo Dawson´s Creek. A série ainda não me serve muito bem. Afinal, não foi feita para rabugentos. Mas preciso dizer: The Flash é, sem sombra de dúvida, um dos grandes acertos da DC/Warner dos últimos tempos. Funciona.

Para mim, fica a lição de não julgar a eficácia de uma história pelo seu formato. Pelo menos, não tão rápido.

A primeira temporada completa do Ligeirinho está disponível na Netflix.

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