Tenho que confessar… quando o primeiro O Protetor saiu nos cinemas, acabei não dando devida importância (e me arrependo profundamente), lançado em 2014 e bem dirigido por Antoine Fuqua.
Fuqua consegue muito bem ser eclético ao mesmo tempo em que oscila bastante na qualidade de seus filmes, que vão desde o regular Assassinos Substitutos (com a linda Mira Sorvino e Chow Yun Fat recém chegado de Hong Kong), ao excelente Dia de Treinamento, passando pelos medianos Atirador (com Mark Wahlberg), Rei Arthur (com um ainda bom Clive Owen e Keira Knightley), ao fraquíssimo Invasão à Casa Branca (com o mega canastrão Gerard Butler) e voltando com os eficientes O Nocaute, o primeiro O Protetor e Sete Homens e um Destino (este último o meu favorito!).
O Protetor de Denzel Washington é o primeiro filme em que Fuqua dirige uma sequência, ele repete novamente a parceria com seu ator “fetiche” que volta a interpretar o solitário e porque não dizer, “letal” Robert McCall.
Se o primeiro filme, nos trouxe um filmaço de ação “redondinho”, com uma história simples (Chloe Moretz é alvo de mafiosos russos), mas com ótimas sequencias de ação, o segundo patina fortemente.
Com sequencias mornas que oscilam entre sanguinolentas, ora genéricas, o filme insiste em mostrar em pequenos “arcos” a força de McCall, norteando uma trama central fraca em seus propósitos e um vilão extremamente sem força (“ele” mais uma vez! – quando assistir ao filme vocês entenderão).
Assim como a franquia Missão: Impossível que vêm de um seriado para TV, O Protetor ou “The Equalizer” também, mas, infelizmente não consegue em hipótese alguma, superar o primeiro não só em sua ação ou em suas sequencias, muito menos em sua história.
Já a segunda metade para o final, é um verdadeiro clichê genérico já conhecido mas não só do primeiro filme mas principalmente de vários outros filmes do gênero que com certeza você já viu pelo menos um.
Fuqua dirige O Protetor 2 de forma preguiçosa, sem inspiração, chega de forma tardia, sem acrescentar muito diferencial, não supera o primeiro, e com um ritmo lento e cansativo, não empolga e decepciona no final.
Episódico e esquecível.
Nota: 6/10