Mulher Maravilha não é o filme do ano mas, tem sim, uma grande e profunda representatividade para o público e para o gênero. Posso afirmar desde já, que Mulher Maravilha é um bom filme, com muitas qualidades e um saldo final super positivo… obviamente, apresenta alguns “probleminhas”, mas nada que desabone o seu produto, o seu resultado final.
Deste novo “universo” cinematográfico da DC, o filme até o momento, sem duvida alguma, é o mais “redondinho”, aparado, fechado, hermético, mas principalmente honesto.
O filme é inserido nesta nova roupagem de uma forma incrível, natural e super orgânica, carimbando de vez sua presença. Após sua breve aparição (consistente e porque não dizer surpreendente) em Batman v. Superman, Mulher Maravilha apresenta um filme de “origem” onde a diretora Patty Jenkins (excelente direção) nos mostra desde a infância de Diana, seu treinamento com as Amazonas, a mitologia de onde Diana foi baseada e nos presenteia com uma maravilhosa Themyscira, tudo isso sem pressa alguma e criando uma ótima profundidade e motivações a heroína.
Gal Gadot (calando a boca de muuuita gente…) personifica uma Mulher Maravilha, forte, determinada, destemida mas ao mesmo tempo traz consigo traços de ingenuidade, pureza e uma leveza impar em sua interpretação…
A química com Capitão Kir… ops digo, Steve Trevor (Chris Pine) está perfeita (ponto alto e positivo do filme), Pine está a vontade, e deixa Gadot brilhar, mas acima de tudo, seu personagem tem importância e relevância na história.
Com uma pegada “HQ” na ação (cortesia forte de Injustice e herança de Snyder) a ação lembra um verdadeiro balé acrobático que impressiona de tão bem executada…
O terceiro ato preocupado em trazer aquele desfecho grandiloquente-exagerado me incomodou um pouco, mas o contraste emocional-do-ato-final amenizou abrilhantando o seu resultado.
Jenkins inspirada faz aqui o filme mais humano da DC, flerta com uma aventura de origem com pedigree, e dá esperanças para este universo de heróis que a DC tem criado nos cinemas.
Existe luz no fim do túnel para você DC e essa luz só pode ser Jesus se chama Diana Prince, a Mulher Maravilha.
Nota: 9,5/10