Vamos combinar que Vin Diesel ultimamente anda escorado em sua única e preciosa galinha dos ovos de ouro (a franquia Velozes e Furiosos) que, diga-se de passagem, já anda no bico do corvo (ou não!) para muitos…
Que seus filmes anteriores não são sinônimos de sucessos absolutos (O Vingador, O Último Caçador de Bruxas, xXx: Reativado, sua outra franquia Riddick) salvo exceção de sua participação no universo Marvel apenas dublando uma frase: “Eu sou Groot!”.
E que na própria franquia Velozes ele já se considere um super-herói-sobre-humano, pois já enfrentou The Rock (rsrs) e pulou de uma ponte para outra, caindo em cima de um carro totalmente ileso.
Com a Marvel e a DC dominando Hollywood a pleno vapor sem prazo de validade, a Valiant Comics entra na jogada, buscando obviamente fisgar uma fatia deste bolo, digo mercado, e com parceria de Vin Diesel como protagonista nos apresenta Bloodshot.
E sim Bloodshot é muito bom, muito bom mesmo!
Um eletrizante filme de ação, acima da média, que foge do convencional, apoia-se em um roteiro inventivo, sai do feijão com arroz habitual nos brindando com reviravoltas inteligentes e espetaculares sequencias de ação de encher os olhos visualmente.
Diesel é Ray Garrison, soldado recentemente morto em combate e ressuscitado como um experimento científico, com um exército de nanotecnologia em suas veias, Ray é uma força imparável, praticamente um Soldado Universal (1992, com Jean-Claude Van Damme e Dolph Lundgren) dos novos tempos com um “Q(zinho)” de Black Mirror.
Bloodshot tem uma edição e ritmo ágil, o filme é dinâmico, um visual caprichadíssimo, uma bela fotografia e ótimos efeitos em CGI, um cuidado impecável tecnicamente.
A direção fica por conta do novato Dave Wilson que debuta muito bem e entrega aqui, versatilidade e capricho, emula vários estilos, ainda sim imprime sua própria característica e identidade, passeia com a câmera, aqui você enxerga semelhanças com James Wan (câmera inventiva e diferenciada), Michael Bay (o famoso pôr do sol), Neill Blomkamp (visual e conceitos).
O destaque fica para a coadjuvante Eiza González (KT) seu “kata” debaixo d’água é mágico (Diesel manda sempre bem contracenando com personagens femininas fortes), Guy Pearce interpreta Dr. Emil Harting (praticamente repete seu personagem em Homem de Ferro 3), Sam Heughan (de Outlander) e Lamorne Morris (uma espécie de Wesley Snipes mais novo) completam o elenco.
Bloodshot surpreende, tem produção caprichada, realizada com muito esmero nos detalhes, prova que o subgênero-herói está longe de estar desgastado e ter seu fim, e ainda, abre portas!
Valiant Comics… Holllywood é sua agora!
Nota: 9/10