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  • Foto do escritorDennis Souza

Impressões | Altered Carbon

A adaptação do anime Ghost in The Shell para os cinemas e a continuação/reboot de Blade Runner (Blade Runner 2049) parece ter dado um “up” forte no gênero Cyberpunk, gênero este que nem sempre é sinônimo de sucesso, mas que abriu portas para a poderosa Netflix produzir sua nova e mais ambiciosa série, Altered Carbon.

Altered Carbon é o primeiro grande lançamento original do serviço de streaming para 2018, uma adaptação da obra de Richard K. Morgan, onde a trama ambienta-se em um mundo futurista, no qual a consciência humana é armazenada em pequenos “discos” que podem ser transferidos/substituídos de um corpo para o outro.

Com uma pegada “noir” cadenciada, os temas abordados dentro das 10 horas densas de conteúdo são muitos, que vão desde os desejos mais insanos dos ricos, aos efeitos da imortalidade no âmbito religioso e ético, a evolução e obviamente a dependência da Inteligência artificial, assim como da realidade virtual, são questões levantadas que dão volume a trama.

A série, que possui 10 episódios, fornece condições absurdas para expandir e amplificar o universo Cyberpunk nunca visto (em detalhes), que enriquecem a produção extremamente caprichada e muito bem concebida, que não deixa nada a desejar em relação às grandes produções hollywoodianas

O visual (caprichado), a estética (cheia de refências), a ação (estilizada), a violência (explicita), as fortes cenas de nudez (sem pudor) e a ambientação suja e brutal, impressionam, e deixa o universo Cyberpunk ainda mais fiel possível, onde a imersão é ainda maior, ganhando uma série de regras e peculiaridades próprias e únicas.

Matusa, Ceifador, Protetorado, Emissor, Cartucho, Dupla-capa, Constructo, FHD são termos recorrentes e muito bem apresentados ao longo da série.

Com um roteiro complexo, muitas vezes intricado e cheio de “clichês” do gênero, ainda sim, dá espaço para o desenvolvimento dos personagens sem grandes nomes mas que geram certo carisma.

Joel Kinnaman (o RoboCop de Padilha) está muito bem como protagonista, convence e tem um crescente em seu personagem,  Marta Higareda (a policial Kristin Ortega) também, de antagonista rebelde à parceira de Kinnaman,  injeta força na dupla central. A exótica Dichen Lachman e Renée Elise Goldsberry cumprem muito bem seus respectivos papéis e James Purefoy completa o elenco.

Altered Carbon, é um deleite visual, um desbunde não tão inovador mas esforçadamente criativo e ambicioso, tem seus atrativos técnicos de qualidade, e uma construção de mundo extremamente bem feito e imersivo, que vale sua conferida.

Nota: 10/10


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