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  • Foto do escritorDennis Souza

Eventos | Confira as novidades do Festival Varilux de Cinema Francês

Este ano, o Festival Varilux de Cinema Francês chegou com algumas novidades. Pela primeira vez foi feita uma parceria com o SESC para a exibição de alguns filmes de forma gratuita. A proposta visa democratizar o acesso à cultura e aos filmes da mostra. Com isso o número de cidades participantes também aumentou. Ao todo 88 cidades do Brasil receberão filmes do festival, seja em cinemas ou em SESCs.

Também pela primeira vez a marca de lentes Varilux selecionou uma embaixadora aqui no Brasil. Letícia Spiller foi convidada especial na coletiva de imprensa e falou um pouco sobre a marca e sobre a relação franco-brasileira no cinema.

A realidade virtual marcará presença, trazendo os avanços tecnológicos da área e uma mostra de filmes em 360°, além de uma masterclass ministrada por Fouzi Louahem, cineasta especialista na área.

Partindo para os filmes, o clássico desse ano relembra os 50 anos do famigerado Maio de 68. “Z”, de Costa Gravas, foi lançado em 1969 e trata sobre o assassinato de um deputado Grego por um movimento de extrema-direita. Um filme – infelizmente – atual até hoje.

Um dos temas mais falados na coletiva de imprensa foi a situação atual da mulher nas obras cinematográficas e na sociedade. A atriz de “Primavera em Casablanca”, Maryam Touzani, falou um pouco sobre a questão da mulher no Marrocos e como a arte pode ajudar a melhorar isso. Para ela, a presença de personagens femininas bem construídas é essencial, bem como a presença de mulheres nas áreas de direção e roteiro, criando histórias que sejam contadas por nós mesmas. Ela, inclusive, fará sua estreia como diretora em pouco tempo e disse que essa vontade surgiu do desejo de dar voz às mulheres caladas de seu país.

Nabil Ayouch, que dirigiu a atriz e cineasta no filme, também contou como foi lidar com a proibição que seu último longa “Much Loved” (que retrata a vida de quatro prostitutas) sofreu no Marrocos. De acordo com ele, a sociedade marroquina se divide entre os que querem uma mudança e apoiam a produção de filmes como os que ele faz, e a outra parcela que prefere não ver e/ou se sente acomodada. A fala reserva paralelos com a realidade de nosso país.

Outro filme muito esperado nesse festival é o longa “O poder de Diane”, que conta com a presença da atriz francesa Clotilde Hesme no papel principal. Hesme interpreta uma mulher que resolve servir de barriga de aluguel para um casal de amigos gays. A direção fica a cargo do estreante Fabien Gorgeart que, como disse a própria atriz de seu filme, teve imensa delicadeza e empatia para tratar sobre um tema tão feminino quanto a gravidez.

A relação franco-brasileira no cinema foi lembrada pelos participantes do evento. A delegação francesa afirmou que filmes como “Aquarius”, “Gabriel e a Montanha” e atualmente “As boas maneiras”, tiveram grande bilheteria no país deles. Em contrapartida, os brasileiros compõem uma das maiores plateias dos filmes francesas fora de seu país de origem. O público do festival cresce a cada ano e, atualmente, o Festival Varilux se tornou o maior festival de cinema francês do mundo, ultrapassando o da Austrália.

Ao todo, serão 20 filmes (entre dramas, comédias, biografias, suspense e animação) exibidos por todo o Brasil até o próximo dia 20. Uma ótima oportunidade para entrar em contato com a cinematografia francesa e com o que vem sendo produzido atualmente no país.

Confira a programação visitando o site oficial do Fastival Varilux que acontece de 7 a 20 de junho em todo o Brasil.

Texto e Imagens: Júlia Lelli

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