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  • Foto do escritorDennis Souza

Crítica | Tomb Raider: A Origem

Protagonizado pela ganhadora do Oscar, Alicia Vikander, Tomb Raider: A Origem vem para dar um recomeço para a franquia de Tomb Raider nos cinemas, que já teve filmes com Angelina Jolie interpretando Lara Croft. E se em 2018 uma das maiores tendências do cinema é contar mais histórias sobre mulheres e trazer mais mulheres protagonistas, o novo Tomb Raider tira isso de letra, aproveitando para dar uma nova roupagem a uma personagem que sempre teve tendências machistas.

Lara Croft é uma garota qualquer de Londres, que tenta viver uma vida normal, até que ela descobre que seu pai passou sua vida inteira se dedicando a uma pesquisa sobre uma deusa da morte e que a sua busca pela tumba dessa deusa, que ficaria em uma pequena ilha no Japão, seria o que teria trazido sua morte precoce. Com esse conhecimento, Lara decide ir atrás e fazer jus ao legado que seu pai descobriu, além de tentar entender o que realmente aconteceu com ele.

A nova Lara de Alicia Vikander é bem diferente daquela retratada nos jogos dos anos 90 e isso chega como um alívio para muitos fãs da franquia. Aquela visão da personagem já estava ultrapassada, principalmente por deixa-la hipersexualizada. Nesse filme, os maiores atributos de Lara são suas habilidades física, fruto de muito treino, e, claro, sua inteligência, que a permite decifrar os diversos enigmas deixados por seu pai no caminho para o Japão.

Um dos maiores méritos do filme é que ele realmente busca representar essa personagem como uma garota comum que por acaso cai em uma aventura insana na qual ela consegue se virar por já possuir certas habilidades. Esse novo filme de Tomb Raider traz a franquia para nossa realidade e busca sempre manter os pés no chão enquanto mostra coisas plausíveis para o espectador e isso, dentro de um filme de aventura, sempre surpreende.

É claro que se Lara fosse um personagem masculino, a origem das suas habilidades nunca seria questionada pelos fãs mais fervorosos da franquia, mas Alicia fez um ótimo trabalho de preparação e nos deu uma personagem que poderia ser qualquer uma de nós e isso é uma das coisas mais legais que o filme tem a oferecer.

Contando também com essa falta de experiência da personagem, já que essa seria sua primeira aventura oficialmente falando, Lara apanha bastante durante o filme. Ela dificilmente se livra de primeira e em alguns momentos até precisa de ajuda dos personagens secundários, o que, mais uma vez, nos ajuda a ver essa personagem de uma forma muito mais verdadeira.

As cenas de ação dão um show a parte, sendo realmente muito legais e envolventes, inclusive buscando inspiração nos filmes clássicos do Indiana Jones, sem nunca perder a essência dos jogos de Tomb Raider. Ao assistir o filme você muitas vezes vai ter a sensação de estar jogando o jogo, o que é mais um ponto positivo.

Mas, como nem tudo pode funcionar, o roteiro do filme deixa a desejar, e nem é nas escolhas ou na forma com que ele conduz a história, mas sim no fato de que ele assume que seu público não vai entender determinadas coisas e sente a necessidade de se explicar muito, o tempo inteiro. E muitas vezes, mesmo quando alguma coisa já ficou bem clara, o filme acaba por explicar novamente, o que deixa o seu ritmo um pouco lento e cansativo.

De uma forma geral, Tomb Raider: A Origem agrada, por dar aos fãs uma personagem feminina incrível e com um grande potencial e por nos mostrar um lado de Alicia Vikander que não tínhamos visto muito por aí, que é exatamente esse empenho que ela tem em fazer um filme tão difícil e que exige tanto dela fisicamente.


Tomb Raider: A Origem chega nos dias 15 de março aos cinemas de todo o Brasil.

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