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  • Foto do escritorDennis Souza

Crítica | O Artista do Desastre

Em 2011, mesmo quando James Franco não levou o Oscar de Melhor Ator por sua performance incrível no filme 127 horas, o público e a crítica se preparam para a revelação de um grande ator, que até aquele momento tinha feito sua carreira baseado em séries teen e filmes de super-herói. Sete anos depois, Franco adicionou ao seu currículo muitos filmes de gosto duvidoso, com piadas mais estranhas ainda e continua sendo uma figura bastante peculiar em Hollywood, que parece que não funciona direito em nada, até agora.

Talvez tão estranho quanto James Franco, seja o filme The Room. Lançado em 2003 e dirigido, produzido e estrelado por um mesmo homem chamado Tommy Wiseau. O longa adquiriu o status de cult depois de alguns anos e leva inclusive o título de pior filme já feito, o que nem passa tão longe da verdade. Toda a bizarrice envolvendo a produção do filme e seu criador já são uma história interessante o suficiente para um filme de comédia, mas nas mãos da pessoa certa, ele poderia se tornar um clássico instantâneo. E foi o que aconteceu.

James Franco, do auge de sua esquisitice, se propõe a adaptar o livro sobre a história de The Room, sendo não só o ator principal mas também o diretor do filme, para tentar encarnar o máximo possível essa figura mística que é Tommy Wiseau. Dave Franco, seu irmão, atua como Greg, o melhor amigo de Tommy e parte essencial da sua jornada de um único longa.

Do começo ao fim, O Artista do Desastre apresenta uma história cômica, mas que tem a intenção de passar certas mensagens para frente: Não desista dos seus sonhos, não deixe que ninguém te fale que você não é capaz e, talvez, a mais forte delas, é que nem sempre as pessoas vão te compreender, mas não deixe que isso te impeça de fazer as coisas que você quer fazer.

James Franco está irreconhecível no papel de Tommy, e em muitas cenas você se pega pensando se é ele mesmo, com aquele cabelo enorme e o sotaque puxado que jamais saberemos de onde é. Wiseau por si só é um personagem engraçado, mas que fica mais ainda com a brilhante atuação de Franco, especialmente por ela estar tão próxima da realidade.

Apesar da história simples, sem muitas reviravoltas, você se vê atraído por aquela jornada de fazer um longa metragem acontecer, no abismo que existe entre os personagens comuns e o esquisito Tommy Wiseau e até na amizade de Greg e Tommy, com todos os seus altos e baixos.

Assistir The Room antes de encarar O Artista do Desastre não é obrigatório, já que o filme é bastante auto-explicativo, mas adiciona um tempero a mais na sua experiência e, principalmente, te deixa boquiaberto com as semelhanças das cenas que Franco filmou com as do filme original.

E não se esqueça de continuar sentado na cadeira depois que o filme acaba para ótimas cenas pós créditos, que adicionam ainda mais graça na experiência toda que é esse filme. O Artista do Desastre te faz questionar aspectos da sua própria vida e oferece uma diversão sem tamanho, que vai se repetir não importa quantas vezes você decida assistir ao filme. Ele estréia em todo o Brasil no dia 25 de Janeiro de 2018.


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