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  • Foto do escritorDennis Souza

Crítica | It – Capítulo Dois

Em 2017, IT – A COISA, remake do terror baseado no best seller de Stephen King, chegava aos cinemas com uma boa surpresa aos olhos do publico, desenvolvendo uma ótima interação entre o “Clube dos Otários” e uma releitura do palhaço Pennywise, que viria a conquistar uma gama imensa de fãs.

Também dirigido por Andy Muschietti (Mama – 2013), IT – CAPITULO II volta para nos contar à história do retorno do palhaço, 27 anos depois de sua ultima aparição (primeiro filme se passa em 1989) e o avanço em seu trabalho como Diretor é notado aqui. Este segundo filme da franquia (aparentemente, capítulo final) consegue trazer a mesma atmosfera estabelecida em seu antecessor e a dinâmica criada com as crianças (que pra mim é o ponto alto do primeiro filme) se repete agora com suas versões adultas e isso não seria possível sem uma direção atenta.

A forma como a sensível e angustiante trilha de Benjamin Wallfisch, em harmonia com a bela fotografia de Checco Varese criam este universo, são brilhantemente conduzidas por Andy Muschietti durante todo o filme. Lindas sequencias e transições extremamente criativas geram link entre passado e presente, e planos dutch (o famoso angulo holandês, onde a câmera tem uma leve inclinação para nos gerar um certo desconforto) são também utilizados com maestria.

O filme sai um pouco do sutil e desta vez, traz de forma mais clara algumas questões de inclusão, e o tema IT – A COISA, é parafraseado com os sentimentos de reclusão de todos aqueles que se sentem “Estranhos” e ou diferentes na cidade de Derry, ou como eles mesmos se denominam, LOSERS (Otários na versão em português).

O filme traz divertidos easter-eggs, como a participação de um renomado Diretor de filmes de Terror e do próprio Stephen King. Aliás, eles fazem piadas com os livros de Stephen King que se estendem de forma divertida, sem forçar a barra, durante todo o filme.

Tudo isso faz de IT – Capitulo II uma bela sequencia, trazendo ainda mais peso para a franquia, porém, o que chama mesmo a atenção e de forma positiva, é a interpretação dos atores. O processo de Casting não deve ter sido fácil, pois todos os atores são incrivelmente parecidos com as crianças do filme anterior, e aqueles que não se parecem fisicamente, tem um desempenho excepcionalmente bom, trazendo a tona características de cada personagem através de seus jeitos peculiares ao falar, andar, etc… E aqui, mais uma vez, acredito que o mérito se dá não só a doação dos atores, mas a direção, em conduzi-los muito bem, de forma a criar unidade com seu primeiro filme. O elenco conta com James McAvoy no papel de Bill, Jessica Chastain como Beverly, Bill Skarsgard volta como Penny Wise, dentre outros, todos muito bem em seus papeis.

Basicamente, assim no primeiro filme, IT – Capítulo II traz questionamentos tais como devemos lidar com nossos traumas e medos, não através da fuga, mas enfrentando-os. Mais que isso, este é um filme sobre amizade, ressignificação e libertação.


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