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  • Foto do escritorDennis Souza

Crítica | Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Confesso que após uma sequência de trailers desanimadores e uma campanha de marketing que me fez duvidar do bom senso da Marvel, minhas expectativas para “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” estavam bem contidas. Felizmente, entrar no cinema não esperando nada e ser surpreendido com um dos melhores filmes de heróis já feitos, está entre as minhas dez sensações favoritas.

Sim, o amigão da vizinhança está de volta aos cinemas, só que dessa vez em sua mais esplêndida performance. Voltamos ao lar com o cabeça de teia sem nos preocuparmos com toda aquela introdução habitual que qualquer um já sabe contar de trás pra frente. Adeus Tio Ben, já temos um Stark para nos alertar das responsabilidades que nossos poderes trazem.

Deixar para trás os motivos que transformaram Peter Parker em um super-herói, e focar no que de fato é Peter Parker, foi a escolha mais sábia para o filme que optou por uma abordagem mais intimista que nos permitiu acompanhar a vida do jovem herói de perto. É fato que o Homem-Aranha é um dos heróis que mais despertam identificação com o público, mas agora, mais do que nunca, temos a verdadeira rotina de um adolescente e seus problemas.

Ainda aprendendo os segredos de seu novo traje, Peter Parker (Tom Holland) tenta fazer alguma diferença no mundo e ser o verdadeiro amigo da vizinhança. Seus desafios vão desde ajudar uma velhinha a se encontrar pelas ruas, até impedir pequenos assaltos pelo bairro – mesmo que eles não existam. Mas não esperamos que ele se contente só com isso. Imerso em seu cotidiano escolar e na sua vida de super-herói de Youtube, o Homem-Aranha encontra o sonhado vilão para provar sua capacidade, o Abutre (Michael Keaton).

Não há dúvidas que Tom Holland foi a melhor escolha para viver Homem-Aranha. O jovem ator de apenas 21 anos incorpora perfeitamente o personagem com suas principais angústias e desejos. O Homem-Aranha é um herói em construção, sua instabilidade não está apenas em suas motivações, mas também em sua performance. Tom Holland consegue refletir perfeitamente o estado de espírito de Peter Parker e sua inquietação.

Michael Keaton surpreende em meio ao leque de vilões esquecíveis do Universo Marvel. A apresentação do Abutre na trama é simples, clara e verossímil. Keaton segura as pontas e nos apresenta um vilão bastante inflexível, realista e temeroso na medida certa.

O restante do elenco se sai bastante bem durante a trama costurando toda a história com pitadas de alívio cômico, paixão, amor e amizade. Destaque para o personagem de Jacob Batalon que representa aquele amigo nerd e freak que todo mundo tem e enriquece muito a história com diálogos pontuais e carregados de humor. Já Robert Downey Jr. entrega o Homem de Ferro mais responsável já visto, ele é o ponto de estabilidade na trama e estará sempre por perto quando algo der errado – ou não.

“Homem-Aranha: De Volta ao Lar” é o filme do cabeça de Teia mais divertido que existe. Não, não é um humor gratuito que desanda o ritmo da história com piadas nas horas erradas, é uma diversão leve e que está inserida majoritariamente nas situações vivenciadas por Peter Parker, seja aprendendo a ser um herói, ou sendo apenas um adolescente no colégio.  O longa pode não ter cenas tão emocionantes, dramáticas ou grandes batalhas como as vistas em Vingadores, o feeling de De Volta ao Lar é muito mais modesto e, ao mesmo tempo, rico em sua simplicidade.

Um filme que não se contenta em apenas contar a história de um herói, ele carrega consigo uma forte personalidade juvenil que com certeza agradará boa parte do público adolescente. Se você não é tão jovem assim, também não ficará decepcionado. Além de diversas referências que vão desde “Star Wars” até “Curtindo a Vida Adoidado”, o longa todo é uma grande homenagem ao Homem-Aranha dos quadrinhos, Steve Ditko e Stan Lee com certeza estão honrados pelo resultado.

O primeiro filme do Homem-Aranha no Universo Cinematográfico Marvel é sem dúvida um dos melhores filmes de heróis de todos os tempos, não por sua grandiosidade, mas por apresentar um conceito de personagem com maestria em uma história redonda que amarra e se encaixa perfeitamente com todo Universo Marvel.


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