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Crítica | Era Uma Vez Em… Hollywood

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Já pensou em sentar em uma sala de cinema, com sua pipoca e seu refrigerante, e ser transportado diretamente para a Era de Ouro de Hollywood? É com essa metalinguagem que Quentin Tarantino entrega o seu nono longa-metragem, que chegou aos cinemas brasileiros no dia 15 de Agosto.

Focado em uma Califórnia dos anos 60, vamos conhecer Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) um ator que já teve o seu pico e agora entra em uma decadência profunda que o preocupa bastante, e seu dublê Cliff Booth (Brad Pitt) que acaba servindo como um ombro amigo, motorista, dublê e faz tudo para Dalton.

Além de colocar esses dois atores icônicos juntos, Era uma Vez Em… Hollywood abusa da nostalgia da época e traz figuras conhecidas como Bruce Lee, Steve McQueen e o próprio Roman Polanski. Além de, claro, Sharon Tate e Charles Manson, que protagonizaram uma das histórias mais terríveis de Hollywood até os dias de hoje, onde Manson e sua gangue assassinaram a atriz de forma cruel.

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O filme ganha muita força quando Pitt e DiCaprio estão em cena juntos, o contraste dos dois personagens é sempre muito claro e divertido, criando mais uma dupla icônica para a filmografia de Tarantino. Com o passar do longa, vamos entendendo um pouco mais profundamente sobre aqueles personagens e os caminhos que eles traçam para chegar até o clímax do filme.

Em contrapartida, as personagens femininas e, principalmente, Sharon Tate deixam a desejar bastante no quesito de espaço dentro da história. Apesar de ser lindamente interpretada por Margot Robbie, que cada vez mais se prova uma atriz de nível altíssimo, com uma aura quase que angelical em volta de Tate, a personagem tem seu momento para brilhar em cenas lindas e muito bem dirigidas, mas quase nenhuma fala ou importância dentro do quadro geral do filme.

Inclusive, Tarantino usa e abusa dos ângulos sexys e objetificantes de sua câmera para com as personagens femininas, com bundas, peitos e pés pipocando em todos os momentos possíveis – e alguns até não tão possíveis assim. É compreensível que a época em questão era bastante machista mas Tarantino não tem, e nunca teve, medo de mudar a história para trazer um outro ponto de vista, muitas vezes mais divertido e mais otimista da realidade.

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A intenção do diretor fica bem clara quando você chega ao fim da longa caminhada – quase 3h de material final – fazer um recorte dessa época de ouro e homenagear não só Sharon Tate, mas tudo aquilo que criou a fundação para o que temos no cinema americano de hoje, com os blockbusters com bilheterias mundiais fantásticas, os novos gêneros e tudo mais. O recorte, porém, não é suficiente para não criar uma barriga no meio do filme, onde o espectador começa a se perguntar onde tudo aquilo vai chegar e, para a decepção de muitos, não chega a nenhum encerramento brilhante ou épico, como já vimos em outros filmes de Tarantino.

Era Uma Vez Em…. Hollywood é um filme que carrega a marca registrada de Quentin Tarantino desde o seu estilo de filmagem, das piadas bem colocadas até o clássico banho de sangue, que demora, mas chega. Tem seus problemas, mas é um filme que diverte desde aquele que entende todas as referências da época até uma pessoa que assistir ao filme por acaso e não conhecer muito do universo.


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