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  • Foto do escritorDennis Souza

Crítica | Bruxa de Blair (2016)

Ressuscitar uma franquia popularizadora de um estilo que hoje é extremamente genérico pode ser algo arriscado, ainda mais se essa franquia já buscou beber da mesma fonte e falhou miseravelmente. Mas acredite, mesmo após 17 anos, Bruxa de Blair se reinventa.

Inicialmente chamado de The Woods, Bruxa de Blair (Blair Witch) era um filme inesperado em 2016. O longa só foi anunciado oficialmente na San Diego Comic Con em julho e cerca de dois meses depois já chega aos cinemas de todo mundo tornando-se uma grata surpresa.

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A premissa segue a mesma linha do primeiro filme, o objetivo é desvendar os segredos da floresta e as lendas da Bruxa, mas com algo a mais. A motivação principal da história se encontra em Peter, um jovem que há 17 anos busca respostas sobre o desaparecimento de sua irmã, Heather Donahue. Para cumprir seu objetivo, Peter irá acompanhado de um grupo de amigos até a floresta em que Heather foi vista pela última vez.

Afinal, o que acrescentar de novo em um filme batido por clichês e jump scares? É nesse ponto que o diretor Adam Wingard consegue agregar um novo valor a Bruxa de Blair. As árvores ainda estão lá e o espírito da Bruxa permanece na floresta, mas já que o perigo é iminente, por que não utilizarmos o que esse intervalo de 17 anos nos possibilitou? O avanço da tecnologia.

Câmeras minúsculas, walkie talkies, drones e GPS’s provam que a franquia pode se renovar em sua própria criatividade. Explorar uma floresta mal-assombrada com a tecnologia a seu favor parece muito mais viável e compressível, evitando os “mas por que não fizeram dessa forma?” tão característicos dos filmes de terror recentes.

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O terror de Bruxa de Blair não se limita somente aos novos métodos modernos de assustar o espectador. A mitologia do filme foi repaginada e recebeu uma nova cara para suas lendas e mistérios. A Bruxa de Blair se tornou mais hardcore ao mexer com o imaginário de seu público. A floresta ganha vida e você temerá por isso.

A mata se torna um local claustrofóbico. Acompanhar os personagens durante a narrativa se torna sufocante e aquela velha sensação de “vai dar merda” é constante. A relação entre os personagens também evoca um clima desagradável. Assim como no primeiro filme, há desentendimentos com toques de humor e sarcasmo que enriquecem os diálogos e, consequentemente, o roteiro.

É claro que nem tudo são flores (ou árvores), o novo filme é muito mais intenso que o seu antecessor de 1999. O suspense se torna ameno e, de certa forma, Bruxa de Blair perde seu valor original. O terror em seu extremo quebra a excitação e torna-se mais banal ao espectador. A dinâmica acelerada da narrativa desconta alguns pontos no roteiro por não permitir um aprofundamento maior nos personagens. O filme abusa tanto dos sustos que a “forçação de barra” nos jump scares é visível (ninguém chega do teu lado gritando em situações normais. Os filmes de terror precisam parar com isso).

Bruxa de Blair aterroriza e entrega mais do que o esperado. Apesar de não fugir de certos clichês, o longa se destaca de produções semelhantes por inovar em aspectos tão óbvios que poucos tentaram reproduzir. Méritos para o diretor Adam Wingard e seu roteirista Simon Barrett que quase duas décadas depois ainda arrumam formas para honrar essa franquia vanguardista do gênero de found footage.


Bruxa de Blair estreia no cinemas brasileiros em 15 de setembro. O filme é dirigido por Adam Wingard e o elenco é composto por Brandon Scott (Peter), Callie Hernandez  (Lisa), Valorie Curry (Talia), James Allen McCune (James), Corbin Reid (Ashley) e Wes Robinson (Lane).

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