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  • Foto do escritorDennis Souza

Crítica | A Grande Jogada

Do mesmo roteirista de A Rede Social e Steve Jobs, A Grande Jogada é também baseado em um livro que conta a história real de Molly Bloom, uma mulher que ficou conhecida por organizar jogos de Poker com nomes da mais alta sociedade, incluindo mafiosos, atores e produtores, e que se tornou um alvo do FBI. Aaron Sorkin além de roteirizar também dirige o filme estrelado por Jessica Chastain como Molly Bloom e Idris Elba como seu advogado, Charlie Jeffey.

Com 2h20 de duração, o filme imprime a personalidade de Molly com seu ritmo frenético do começo até quase o final. Narrado por ela mesma o filme mistura o presente, onde o julgamento acontece, e o passado, onde acontecem os jogos para nos contar a história da Princesa do Poker.

Jessica Chastain entrega, como sempre, uma atuação impecável e destruidora. Quando ela está em cena é impossível prestar atenção em qualquer outra coisa. Molly vai do topo ao fundo do poço em diversos momentos durante o filme, o que ajuda a deixar a história ainda mais dinâmica, já que não é simplesmente um começo, meio e fim. Molly Bloom tem vários começos e vários finais e é isso que a torna uma personagem tão interessante.

Idris Elba dá o seu show particular como o advogado que não é nada corrupto e acaba se solidarizando pela história de Molly e decide ajudá-la, apesar de não saber se ela é culpada ou não. Apesar de pela maior parte do filme ser apenas um espectador daquela história, Charlie age quase como o público do filme, questionando Molly sobre a veracidade de suas ações e da história que está sendo contada no livro.

Esse, inclusive, é um dos pontos altos do filme: Ele consegue contar uma história narrada pela própria pessoa que viveu aquilo ao mesmo tempo que questiona o que realmente é verdade e o que está sendo mascarado. Molly vai de vilã a heroína durante todo o filme, quando as informações sobre o que aconteceu vão sendo contadas.

Apesar de tudo isso, na chegada do terceiro ato o filme parece perder seu fôlego, seu ritmo e até mesmo sua personalidade. Tentando humanizar uma personagem que falou abertamente sobre drogas, álcool e vícios em geral, eles tentam trazer sua redenção a colocando de frente para seu pai, que ficou desaparecido durante todo o filme. Nesse momento, a história cria uma barriga e perde totalmente o ritmo, ainda que muita coisa se desenrole depois disso.

A Grande Jogada consegue contar uma história interessante e cheia de detalhes e acontecimentos que não cansam o espectador, e mesmo com a sua quebra nos momentos finais, é um filme intenso, divertido e que realmente mostra a força que Jessica Chastain tem para segurar um filme inteiro praticamente sozinha. O filme chega aos cinemas no dia 22 de Fevereiro.


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