Dennis Souza

7 de abr de 20162 min

Por Que Alguns Heróis Usam Capa e Outros Não?

The red capes are coming…

De todos os acessórios que um super-herói clássico precisa ter, a capa é sem dúvida um dos mais fundamentais.  De preferência vermelha. Mas você já se perguntou por quê?
 

Em primeiro lugar, vamos combinar aqui: Salvo raras exceções, a capa não oferece qualquer vantagem aerodinâmica ou tática. Taí Os Incríveis que não me deixa mentir. É praticamente impossível combater o crime ou voar em grande velocidade com um edredom king-size preso nas costas. Se você é um nerd mais apegado à funcionalidade dos trajes, então tamo junto.

Spawn, Dr. Estranho e outros personagens cujas capas são mais que um mero adereço (por serem mágicas ou estarem “vivas”), a gente deixa passar.

Por outro lado, a capa engrandece o herói e é uma excelente ferramenta de intimidação, já que atribuímos inconscientemente aos encapuzados valores de superioridade e mistério.

Como assim, tio?

Vamos lá. À título de estudo, vamos separar os heróis em duas classes: Os altos e baixos.

Os heróis altos são aqueles que inspiram superioridade. Geralmente lutam por ideais que estão longe do alcance de nós, meros mortais. Lidam com o que podemos chamar de macrocosmo. Estão associados à ordens, civilizações ou nichos sociais mais elevados. O cara pode tanto vir de Kripton, Asgard ou ser um bilionário. Há uma clara distinção entre os heróis altos e o cidadão comum.

Os heróis baixos são o oposto. Atuam no nosso cotidiano, nas ruas. Defendem os ideais do povão e frequentemente nos sentimos melhor representados por eles. Apesar de tão nobres quanto os heróis altos, os baixos experimentam a discriminação, são tratados como párias e estão, de uma forma ou de outra, às margens da sociedade. São eles que lidam com o microcosmo.

Percebe como a capa está bastante associada ao status de cada personagem? Claro que estamos generalizando aqui. Não existe regra, mas essa tendência tem um motivo… Alguns, na verdade.

Desde os primórdios, aprendemos a usar nosso senso estético para nos distinguir dos demais. Capas, túnicas e togas, além de oferecerem proteção útil, se tornaram adereços para destacar reis, rainhas, líderes religiosos, cavaleiros, generais, juízes, santos/figuras míticas.

O adorno da capa cria a impressão de grandeza, o que era bastante útil para simbolizar respeito e gerar distanciamento. Afinal, ninguém quer pisar no manto sagrado do rei ou sacerdote, certo?

Não há consenso quanto a predileção da cor vermelha. As cores das túnicas variavam conforme época, localização, tecido ou tendência. Mas o conceito nunca mudou: Em quase toda civilização, a capa vestia àqueles que tinham um link direto com os deuses (ou autoridade suprema), além de distinguir quem é quem dentro de uma organização hierárquica importante.

Mas, de novo, isso não é exatamente uma regra. Lex Luthor, por exemplo, é um vilão aristocrático que dispensa capas e túnicas. Mas acho que à esta altura você já captou a mensagem. 😉

Do Egito à Roma Antiga, da Idade Média à mitologia popular atual (quadrinhos), as capas estão aí, atrapalhando o voo nosso de cada dia, mas deixando nossos heróis e vilões cada dia mais badass.

Fala aí: Quem nunca amarrou uma toalha no pescoço?

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