Dennis Souza

13 de dez de 20172 min

Impressões | Star Wars: Os Últimos Jedi

Se o Despertar da Força de J.J Abrams trouxe ao público, aquela sensação nostálgica gostosa, aquela aventura despretensiosa e simples, Os Últimos Jedi passa bem longe (mas bem longe) disso, onde, o conflito de cada um, de cada personagem e sua complexidade que norteia em torno deles toma conta da narrativa. 

Rian Johnson do pseudo-ignorado Looper: Assassinos do Futuro, brinca a todo momento com o público, criando vários momentos “WOW” durante o filme, (que te levantam da cadeira ou te prendem nela), incluindo, doses cavalares de heroísmo, tensão, muita emoção e uma certa dose de humor (óbvio que não podia faltar!).

Tecnicamente, Johnson segue a mesma linha de Abrams e entrega um produto altamente primoroso, extremamente belo visualmente (absurdamente lindo diga-se de passagem), que você acaba tendo aquela vontade de dar aquele “print”, moldurar e colocar em sua sala, uma verdadeira obra de arte em movimento (por várias vezes me peguei tendo a mesma sensação de quando assisti a Mad Max: Estrada da Fúria e Blade Runner 2049), são cenas emblemáticas, memoráveis. 

As sequencias de ação tem uma flutuação dinâmica, ágil, imponente, inclusive geograficamente, pois existem vários planos abertos que exaltam a dimensão física do que está acontecendo, em outros, fechada, dentro da ação, mais precisamente dentro da cabine do piloto por muitas vezes… um verdadeiro “Cirque du Soleil-espacial” de altíssima qualidade. 

Os embates com os famosos sabres de luz acontecem, e são visualmente tensos e de encher os olhos. 

Qualidade também nas atuações, Abrams escolheu muito bem seu elenco em O Despertar da Força e Johnson em Os Últimos Jedi extrai ainda mais consistência, conduz e define com muito mais clareza alguns outros personagens (Finn, Poe, Hux e Snoke). 

Rey continua astuta, forte e destemida, Kylo Ren de Adam Driver cresce (como personagem e em sua ambiguidade), e Luke e Leia… dão um verdadeiro show à parte (sempre com muita emoção).

Os novas adições (Laura Dern e Benicio del Toro) também não fazem feio, pelo contrário, trazem frescor a trama, destaque para Rose (Kelly Marie Tran). 

Rian Johnson, nos entrega uma ótima Opera Espacial com pedigree, foge da previsibilidade, aumenta a carga dramática, surpreende os fãs, explode as nossas cabeças e deixa um enorme ponto de interrogação na trama, que nos leva a uma simples pergunta…

E agora?!

nota:10/10

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