Dennis Souza

18 de jun de 20162 min

Crítica Jogo do Dinheiro: A Verdade do Mercado Financeiro Revelada

Curioso como o cinema, em especial o americano, tem a capacidade de externar seus traumas da vida real na telona. Foi assim com as guerras mundiais e fria, o terrorismo, e mais recentemente a crise econômica, que está rendendo bons filmes em Hollywood. É o caso de O Jogo do Dinheiro, dirigido por Jodie Foster. 

O que seria apenas mais um dia de trabalho para o apresentador Lee Gates (George Clooney), sua diretora Patty Fenn (Julia Roberts) e a equipe do programa Jogo do Dinheiro, se transforma em uma corrida contra o tempo quando um homem (Jack O’Connell) invade o programa ao vivo e ameaça explodir, culpando o programa por ter perdido todas as suas economias em um investimento de ações. Durante todo o processo, somos questionados e ensinados a ver como o mercado – e sua complexa rede de interesses – funcionam.

Jodie Foster, que vem se revelando uma ótima diretora, nos leva a um tenso passeio cheio de reviravoltas, onde os diálogos nos prendem a cada momento e a tensão nos faz embarcar na história. A cada descoberta questionamos  a veracidade e até a honestidade daqueles que ditam as regras no mercado. O filme também funciona como uma grande crítica a essa era econômica em que vivemos, onde parecem não existir limites morais para a obtenção desmedida de lucros, e até onde nós, como público investidores, sabemos onde nosso dinheiro é investido e como exatamente investi-lo. Até onde é culpa sua quando algo dá errado e pessoas perdem seu dinheiro ? Até onde queremos saber ? De fato, queremos ?

Em meio a esse caldeirão de perguntas muito bem conduzido e com ótimas atuações (em especial Clooney, fazia tempo que não via algo legal com o ator), Jogo do Dinheiro tenta nos mostrar o verdadeiro vilão no mundo econômico. Se é que há algum.

#JodieFoster #JuliaRoberts #GeorgeClooney #Sony #JogodoDinheiro

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